O dia 14 de novembro é mundialmente dedicado ao diabetes, condição em que o pâncreas não consegue liberar ou libera o hormônio insulina, responsável pela captação e controle da glicose, em quantidade insuficiente.
Existem duas condições distintas no diabetes: o diabético tipo 1 é a pessoa que não produz a insulina, situação diagnosticada desde a infância. Já o tipo 2 produz o hormônio em quantidade insuficiente ou devido a obesidade e outras condições que geram resistência corporal à insulina.
Na gestação o corpo se modifica de forma muito intensa. Há alterações na quantidade de líquidos corporais, surgimentos de novas estruturas, alterações do peso e liberação aumentada de diversos hormônios, fatores que podem culminar no surgimento do diabetes gestacional. Esse tipo de diabetes surge no 2º ou 3º trimestre da gestação em mulheres previamente saudáveis, e pode ser diagnosticado por valor de glicemia de jejum acima de 85mg/dL ou valores igualmente altos no Teste de Tolerância Oral a Glicose (TTG), comumente realizado no início do segundo trimestre, entre 24-28 semanas de gestação.
Entre os principais sintomas estão a sensação de boca seca, aumento da quantidade de água ingerida, sensação de fadiga constante e hálito mais ácido, dentre outros. Também é muito comum que a gestante não perceba ou atribua à própria gravidez tais alterações, sendo importante realizar todos os exames solicitados, mesmo quando não há queixas.
Mulheres que estão acima do peso, são sedentárias, não se alimentam corretamente, que já tiveram diabetes em outras gestações ou tem histórico familiar próximo têm maiores chances de desenvolver a doença. Estima-se que 7,6% das gestantes desenvolvem a doença, permanecendo, em alguns casos, diabética mesmo após o parto.
A diabetes gestacional pode causar parto prematuro, aumenta o risco de infeções urinárias, alterações na circulação, problemas renais e visuais para a mãe, malformações fetais, aumento anormal do líquido amniótico, retardo no amadurecimento pulmonar e morte intrauterina.
A principal medida de profilaxia e tratamento para a diabetes gestacional está na mudança dos hábitos de vida: melhora do sono, alimentação, diminuição do estresse e realização de atividade física. Dessa forma, é imprescindível não faltar nenhuma consulta ou deixar de realizar os exames solicitados pelo médico, sendo também preciso não descuidar do ganho excessivo de peso e estresse durante o período.
Por: Pollyana Folador
REFERÊNCIAS:
1.Schmidt MI, Matos MC, Reichelt AJ, Forti AC, Lima L, Duncan BB. Prevalence of gestational diabetes mellitus – do the new WHO criteria make a difference? Diabet Med. 2000;17:376-80. 2. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009. 3ª Edição. São Paulo. IBSN 978-85-60549-30-6.