A Casa de Apoio à Vida se inscreveu no projeto “Mutirão de Voluntários” da FEAC (Federação das Entidades Assistenciais de Campinas) solicitando a pintura e foi contemplada não somente com a mão de obra, mas também com todo o material.
Impacto visual
Segundo Marcela Doni, assessora técnica do Centro de Voluntariado FEAC, o que se pretende é que a pintura da fachada, antes degradada e pouco chamativa, atraia a atenção para o trabalho desenvolvido e outros tipos de investimentos para a entidade.
A parte superior foi pintada com andaimes por pintores contratados. A parte inferior pelos voluntários da FEAC.
O projeto artístico ficou por conta da artista plástica Fúlvia Gonçalves**.
O projeto gráfico contou com a colaboração do André Sirino (CEAK), que se envolveu com o projeto desde o início, pois foi do Projeto Construindo um Futuro, que surgiu a necessidade de uma mudança na fachada, como atrativo às empresas.
Nas cores lilás e rosa, a nova fachada está linhada à identidade visual do logotipo da CAVI, que traz símbolos como a casa, o casulo e borboletas que representam o lar, proteção, carinho, amor e evolução.
E o resultado esperado já chamava a atenção de pedestres e motoristas que passavam em frente à entidade no fim de semana. “Esta pintura é esperada há tempos e considerada muito importante para nossa instituição. Antes, a imagem da fachada não condizia com as cores do nosso logotipo, renovado há pouco tempo. Agora, todas as imagens estão alinhadas e o resultado ficou muito bonito, moderno e trouxe destaque ao prédio”, afirmou Marinice Ishimaru, presidente do CEAK.
*O Centro de Voluntariado FEAC é uma iniciativa criada para identificar demandas de voluntários e organizações sociais e mobilizar pessoas e instituições públicas e privadas com vistas a solucionar ou minimizar desafios da comunidade.
** Profa. Fúlvia Gonçalves, nasceu em 21 de julho de 1937, em Pedreira, SP. Filha de Gutemberg Gonçalves e de Antônia Borri Fabene Gonçalves. Irmã do ex-prefeito Lauro Péricles Gonçalves;
Estudou Comunicação Visual, na Escola de Artes Plásticas, em Ribeirão Preto, entre 1960 e 1968; Frequentou o ateliê de Leonello Berti, Bassano Vacarini e Francisco Amêndola.
Atuou como professora da Universidade de Ribeirão Preto e trabalhou com Cinema de Animação, participando do Festival Cinema de Animação, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, MAM/SP, em 1962. Em 1966, teve aulas de ateliê em Comunicação Visual, com Wesley Duke Lee. Nessa mesma universidade, defende tese de doutorado em Artes em 1988.
Fúlvia, mudou-se de Ribeirão Preto para cá, para ser docente na Unicamp, lecionando pintura e gravura em cursos de extensão a partir de 1976. Chefiou o Departamento de Artes Plásticas do Instituto de Artes, nas áreas de Comunicação Visual e Artes Gráficas, participando da criação e implantação dos cursos de graduação e pós-graduação
Citada em dicionários de artes como o “Dicionário Crítico da Pintura no Brasil”, do autor José Roberto Teixeira Leite.
Suas obras podem ser encontradas em acervos nacionais e internacionais, incluindo o de Michel Lacluite, historiador e ex-curador do Museu do Louvre, em Paris. Recebeu em Milão, na Itália, o “Prêmio Presence” no Salão do Museu de Arte, Ciência e Técnica Leonardo da Vinci. Participou de exposições individuais, coletivas e salões nacionais e internacionais, como Bienal, Paço das Artes e SESC em São Paulo, Museu de Arte Moderna (MAM) e FUNARTE no Rio de Janeiro, MARP – Museu de Arte e Galeria de Arte Jardim Contemporâneo em Ribeirão Preto, Museu de Arte Contemporânea e Galeria de Arte da Unicamp em Campinas, Milão na Itália, Genebra e Lausanne na Suíça, Montevidéo no Uruguai e Buenos Aires na Argentina.
Uma artista com produção intensa, tendo feito várias pinturas, aquarelas, painéis em grandes dimensões como os que constam nos prédios do CAISM – Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher na Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, SP, e registrou a sua competência criativa em inúmeras obras, como no livro “Testemunhos do Passado Campineiro” que contou com suas ilustrações e texto de Benedito Barbosa Pupo, pela editora da Unicamp.
Fontes:
https://campinasnostalgica.wordpress.com/2016/05/30/fulvia-goncalves/