O mês de março se encerrou, mas a temática mulher deve ser enaltecida a todo momento, todo dia, todo mês e ano, incansavelmente. Segundo o fórum brasileiro de segurança pública, a cada 10 minutos uma menina ou mulher foi vítima de estupro no ano de 2021, ano pandêmico, de grandiosos registros de boletins de ocorrência, apenas entre março de 2020, mês que marca o início da pandemia de covid-19 no país, e dezembro de 2021, último mês com dados disponíveis, foram 2.451 feminicídios e 100.398 casos de estupro e estupro de vulnerável de vítimas do gênero feminino, considerando apenas os casos de chegaram até as autoridades policiais.
Está cada dia mais difícil ser mulher em um País como o nosso, onde somos tituladas as cuidadoras de nossa sociedade, cuidadoras do lar, cuidadoras dos filhos, cuidadoras no trabalho, títulos de responsabilidades mútua que são depositados a nós, padecentes dos maiores índices de violência doméstica de toda a pandemia.
Toda mulher merece ser vista e principalmente ser ouvida seja qual for sua necessidade. Ter um espaço que ela possa se sentir à vontade para compartilhar suas dores, lutas, alegrias, conquistas e expandir suas relações é fundamental para sua visibilidade e empoderamento.
Reconhecendo essa importância, o Centro de Convivência Inclusivo e Intergeracional CCII CEAK educandário Eurípedes amplia o atendimento ao público adulto passando a oferecer gratuitamente, todas às quintas-feiras, oficinas de ginástica e informática voltados para adultos. Além do grupo para mulheres “Vivências e Emoções”, um espaço de acolhimento, de fala, escuta, partilha, integração e fortalecimento das relações e vínculos sociais.
Um dia só (Poema de Bráulio Bessa)
Um só dia é muito pouco para celebrar a mulher Um só poema Uma rosa Uma homenagem qualquer Palavras são muito pouco Não importa o que eu disser E mesmo assim Dizer é o meu dever É dever da humanidade reconhecer que a mulher É força. É dignidade É o que é e o que quer ser E ela quer ser liberdade Quer ser mãe. Quer ser artista Ser sozinha, aventureira Empresária, agricultora Ser juíza, sacoleira Quer ser talvez bossa nova Mas também quer ser funkeira Quer ser simples, popular Quer ser a joia mais cara Quer ser muitas e ser plural E ainda assim quer ser rara Quer ser livre, corpo e mente Quer ser e é diferente E a diferença é a força A garra, a resistência A coragem, a sabedoria A pressa e a paciência É tão claro e evidente Ser igual e diferente Faz parte da sua essência. Feliz mês das mulheres! Autor - Bráulio Bessa https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/03/violencia-contra-mulher-2021-v5.pdf