O Pagador de Promessas

Bom dia, boa tarde, boa noite! Esperamos que todos estejam bem!

Vamos a nossa atividade do blog?

Hoje, vamos conhecer um dos clássicos do cinema brasileiro: O Pagador de Promessas.

No dia 29 de julho de 2021 o galpão da cinemateca de São Paulo foi atingido por um incêndio fazendo com que quase todo de nosso patrimônio cultural relacionados ao audiovisual virassem cinzas, dentre eles:

  • Grande parte dos arquivos de órgãos extintos do audiovisual relacionados aos trabalhos da Empresa Brasileira de Filmes (Embrafilme) e do Instituto Nacional do Cinema (INC), ambos criados nos anos 1960, e do Conselho Nacional de Cinema (Concine), criado nos anos 1970;
  • 100 caixas com parte do acervo de documentos do cineasta Glauber Rocha, como duplicatas da biblioteca dele;
  • Parte do acervo da distribuidora Pandora Filmes, com cópias de filmes brasileiros e estrangeiros em 35mm;
  • Parte do acervo produzido por alunos da ECA-USP em 16mm e 35mm;
  • Parte do acervo de vídeo do jornalista Goulart de Andrade;
  • Equipamentos e mobiliário de cinema, fotografia e processamento laboratorial, muitos deles fundamentais para consertos de equipamentos em uso e relíquias que iriam compor um futuro museu;
  • Matrizes e cópias de cinejornais, trailers, publicidade, filmes documentais, filmes de ficção, filmes domésticos, além de elementos complementares de matrizes de longas-metragens, todos estes potencialmente únicos.

Entretanto, em 2020 um servidor público da cinemateca foi “profético” e acabou digitalizando todos filmes brasileiros em uma plataforma de vídeos. Infelizmente não sabemos quem foi para podermos agradecer, mas temos a sorte de não perder esses materiais.

Hoje, convido vocês para desfrutarem de um deles. Vamos lá?

“O pagador de promessas”

Na década de 1960, Zé do Burro, um homem humilde, enfrenta a intransigência da Igreja ao tentar cumprir a promessa feita em um terreiro de Candomblé, que era carregar uma pesada cruz de madeira por um longo percurso.

Ele é dono de um pequeno pedaço de terra no interior da Bahia. Seu melhor amigo é um burro chamado Nicolau. Quando este adoece, ele não consegue fazer nada para que o animal melhore, então faz uma promessa a uma Mãe de Santo de Candomblé: caso o burro se recupere, promete que dividirá sua terra igualmente entre os mais pobres e carregará uma cruz, desde sua propriedade até a Igreja de Santa Bárbara, em Salvador, onde a oferecerá ao padre local. Assim que seu burro se recupera, Zé dá início à sua jornada.

Seguido fielmente pela esposa Rosa, Zé chega ao templo de madrugada. O padre local, que representa a autoridade da religião oficial, se recusa receber a cruz de Zé após ouvir dele a razão pela qual a carregou e as circunstâncias “pagãs” em que a promessa foi feita, impossibilitando seu cumprimento. Todos em Salvador tentam se aproveitar do inocente e ingênuo Zé. Os praticantes de candomblé querem usá-lo como líder contra a discriminação que sofrem da Igreja Católica, os jornais sensacionalistas transformam sua promessa de dar a terra aos pobres em grito pela reforma agrária. Zé insiste em entrar na Igreja e recebe apoio da população pobre, que acredita que ele tem o direito de pagar sua promessa, criando, assim, uma situação de conflito com o padre. A polícia é chamada para prevenir a entrada de Zé e ele acaba morto em um confronto violento entre policiais e manifestantes que lhe são favoráveis. Na última cena do filme, os manifestantes colocam o corpo morto de Zé em cima da cruz e entram à força na igreja.

O Pagador de Promessas é um filme brasileiro do gênero drama, produzido em 1962, escrito e dirigido por Anselmo Duarte.
Baseado na peça teatral homônima do dramaturgo Dias Gomes,é até hoje o único filme brasileiro a conquistar a Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cannes, na França, um dos mais prestigiados e famosos festivais de cinema do mundo. Brasil e Estados Unidos são os únicos países do continente americano a conquistar a honraria. O Pagador de Promessas também se tornou o primeiro filme da América do Sul a ser indicado ao Oscar de Melhor filme estrangeiro, na edição de 1963, mas o vencedor foi o francês Les dimanches de Ville d’Avray.

Agora, é só acessar o link do filme, separar uma pipoca e curtir esse clássico do cinema brasileiro. Bom divertimento!

Boa sessão e se cuidem!

Atividade Virtual 21 CCII – O pagador de promessas / Responsáveis: Adrielli Melges / Equipe CCII – Educandário Eurípedes

Assessoria CEAK

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